13 de dezembro de 2021
Olhar o mundo é uma missão secreta

O livro Natotoi Henata é obra de Henzo Dhuan Sebastian Pires Belfort, jovem quilombola de 7 anos, morador do quilombo Santa Rosa dos Pretos, em Itapecuru-Mirim, Maranhão. O livro foi escrito primeiro na mente e no coração dele, depois nas paredes, folhas de caderno, em ovos de galinha e outros suportes que ele considerou adequados para o registro das suas filosofias e personagens.

Henzo informou que quem deu esse nome ao livro foi sua prima, Júlia Dandara, que tem 8 anos. É dela também alguns dos desenhos que aparecem no livro – ele não disse quais.

As fotos dos desenhos foram feitas pelo padrinho de Henzo, Marciel Martins Pires, e as entrevistas com ele para saber mais detalhes sobre a obra foram feitas por Marciel e pela madrinha de Henzo, Zica Pires. A diagramação do livro foi feita por uma amiga de Henzo, Pati Yamamoto, que mora em São Paulo.

Henzo fez questão que o nome de Júlia Dandara, sua prima, constasse como criadora do livro, e também disse que quem comeu o Ovo Naruto que ele desenhou, e que aparece no livro, foi seu padrinho Marciel.

A profundidade do olhar não tem a ver com a idade, mas com o envolvimento que cada um tem com a terra e com os seres, visíveis ou invisíveis, que habitam nela.


Ilustrações e história: Henzo Pires / Entrevistas: Marciel Martins Pires e Zica Pires / Projeto gráfico: Patrícia Yamamoto

MAIS RECENTES

III Encontrão e Mostra Audiovisual da Jacá: Juventude, Comunicação Popular, Resgate Ancestral e Direitos Humanos no Maranhão

III Encontrão e Mostra Audiovisual da Jacá: Juventude, Comunicação Popular, Resgate Ancestral e Direitos Humanos no Maranhão

Piquiá de Baixo, Maranhão, Brasil: uma comunidade resistente que completou 19 anos de luta por reassentamento e reparação integral, enfrenta diariamente os impactos das grandes indústrias de mineração, atravessada pela Estrada de Ferro Carajás (EFC), com seus direitos humanos violados. No entanto, falar de Piquiá de Baixo não se resume ao sofrimento. A comunidade é […]

Faça parte da Agência Zagaia

Se você é originário, quilombola, de povos e comunidades tradicionais e trabalha com texto, áudio, vídeo, ilustração, foto, cordel, canto, dança – ou outra forma de comunicação – e quiser contribuir com a Zagaia, manda uma mensagem pra gente utilizando o formulário ao lado. Bóra comunicar!

1 + 15 =

Apoio