A vida em expansão e sempre ativa própria da infância precisou se recolher às limitações do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19.
Jovens e crianças do povo Guajajara nas Terras Indígenas Piçarra Preta e Rio Pindaré, em Bom Jardim, Maranhão, estão sentindo de modo especial os efeitos do recolhimento forçado.
Não é fácil olhar o campo de bola e não querer correr por ele em companhia de outras crianças. Não é fácil aprender conteúdos pedagógicos sem o auxílio de professoras e professores e sem a possibilidade de socialização no ambiente coletivo de aprendizagem. Não é fácil conviver com as sequelas da Covid-19, que em alguns casos perduram até muitos meses depois do início da contaminação.
No ensaio a seguir, o fotógrafo Genilson Guajajara, da T.I. Rio Pindaré, retrata algumas faces do isolamento forçado vivido pelas crianças das aldeias, que já não podem brincar, estudar ou visitar parentes como antes costumavam fazer. Genilson também traz, em áudio, informações sobre a vacinação no território e os depoimentos de crianças sobre a pandemia em suas vidas.
Fotos e áudios: Genilson Guajajara